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  • Diego Vivan

CLAUDIO MONTEVERDI: O maior compositor italiano de sua geração

Claudio Monteverdi foi um compositor, maestro, cantor, violinista e padre italiano, nascido em 1567, na cidade de Cremona, em Milão. Escreveu “L’Orfeo”, uma das primeiras óperas da história da música, que integra o repertório das orquestras até os dias atuais. Suas obras são consideradas revolucionárias e marcaram a transição entre a Renascença e o Barroco.

Batizado como Claudio Giovanni Antonio Monteverdi, era filho de Baldassare Monteverdi e Maddalena Zignani. Seu pai era barbeiro-cirurgião, uma tradição familiar, e sua mãe era filha de um ourives.


A tradição médica de sua família pode ter sido uma forte influência para sua inclinação a observação da natureza humana, refletida mais tarde em suas óperas, e em seu concomitante envolvimento com a ciência e a alquimia.


Aos 8 anos ficou órfão de mãe, e logo seu pai contraiu novos matrimônios, ficando viúvo por mais duas vezes.


Apesar das adversidades familiares, Monteverdi teve uma boa educação musical, sendo um dos alunos exemplares de Marc'Antonio Ingegneri, diretor musical da Catedral de Cremona.


Prodígio, aos 16 anos, publicou o primeiro de seus oito livros de madrigais.


Aos 17, começou a trabalhar na corte do Duque Vincenzo I Gonzaga, em Mântua, assumindo o papel de violinista e organista.


Casou-se com Claudia Cattaneo em 1599, com quem teve três filhos: Francesco Baldassare, músico; Leonora Camilla, morta logo após o nascimento; e Massimiliano Giacomo, formado em Medicina.


Mais tarde, tornou-se maestro da corte e mestre-de-capela, encarregando-se de compor peças sacras e dirigir a sua execução nas igrejas, sendo nomeado em 1613, como diretor musical e regente do coro da basílica de São Marcos, em Veneza.


Ao assumir o cargo de mestre-de-capela em Veneza, Monteverdi elevou o nível do coro, encomendou novo repertório aos compositores de destaque e compôs uma série de obras sacras, pelas quais se tornou famoso em toda a Europa. Das óperas escritas em Veneza subsiste, principalmente, "L'Incoronazione di Poppea", uma obra-prima da música barroca.


A partir daí, ficou conhecido como expoente da moderna abordagem da harmonia e da expressão musical do texto. Foi um dos responsáveis pela passagem da tradição polifónica do Renascimento para um estilo mais livre, dramático e dissonante.


Baseado na monodia, nas convenções do baixo contínuo e harmonia vertical, Monteverdi instaurou as características centrais da música dos períodos seguintes: o Maneirismo e o Barroco.


Claudio Montevedi faleceu em 29 de novembro de 1643, devido a uma breve doença, diagnosticada como uma “febre maligna”. Recebeu um funeral grandioso na Basílica de São Marcos, com grande afluência de público, Seu corpo foi sepultado na Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari, aonde foi erguido um monumento em sua homenagem.


Apesar de boa parte de suas obras terem sido perdidas ao longo do tempo, é possível estudar a evolução do compositor, através de suas coleções de madrigais, publicadas durante sua vida.


Os madrigais escritos por Monteverdi eram composições com temáticas amorosas, escritas a partir de poemas, que se destacaram pela expressividade e pela semelhança com as óperas que escrevia.


Chegou ainda a escrever madrigais cênicos, nos quais introduziu os acompanhamentos musicais e explorou ao máximo as possibilidades dramáticas do gênero.


Monteverdi é considerado o último grande madrigalista, seguramente o maior compositor italiano de sua geração, e um dos grandes operistas de todos os tempos.

Entre os suas obras mais importantes estão:

  • La Favola d'Orfeo (1607)

  • L’Arianna (1608)

  • Il Ritorno di Ulisse in Patria (1641)

  • L'Incoronazione di Poppea (1642)

  • Il Ballo delle Ingrate (1608)

  • Tirsi e Clori (1616)

  • La Vittoria d'Amore (1641)


“O compositor moderno realiza suas obras com base na verdade.”

(Monteverdi)


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